RESILIÊNCIA, A ORDEM DO DIA
Estamos vivendo tempos difíceis. Em todos os cantos do planeta nos rondam desafios vindos ou dos homens e de seus conflitos em vários níveis, ou da própria natureza revoltada. Situações arriscadas, perigosas, nos tiram rapidamente de zonas de conforto, ocasionando mudanças bastante sérias em nossas vidas. E se não há como fugir do que sentimos diante de tais ameaças constantes e surpreendentes, vamos combinar que resistir a tais choques e tomar decisões urgentes em momentos assim não é coisa para amadores.
Dizem os sábios que resiliência é a capacidade de voltar ao nosso estado normal. E eu pergunto: o que a palavra normal significa nos dias de hoje? Qual é o ponto de equilíbrio entre as tensões que se repetem, imprevisíveis e que nos obrigam a estarmos alertas o tempo todo, e um mínimo de relaxamento? Então, para fins de reflexão, digamos que a resiliência envolve um tipo especial de administração, na área do domínio das emoções. Respirações, meditações, reflexões e conversas com amigos, exercícios físicos e psíquicos, música, estudos, entrada em grupos online ou não, leituras, ressignificações de valores e crenças, técnicas alternativas e energéticas presenciais ou à distância as mais diversas, e outras, cujas metas envolvem o encontro da coragem para prosseguirmos em direção à tal normalidade.
Lembro-me de livros e depoimentos onde seus autores nos contam que suas superações, em diferentes situações, se deram quando o medo foi transmutado em coragem, simplesmente porque a única alternativa existente era essa. Se a coragem costuma aparecer na hora do enfrentamento, tudo indica que de nada adianta negarmos o medo. Ele é inevitável, e devemos deixar que nos ensine sobre o fortalecimento que necessitamos, nos tornando hábeis em transformações de nossos pontos fracos. Não é uma tarefa simples, mas é assim que se mobilizam os recursos para os próximos desafios, abrindo a porta para uma espécie de segundo fôlego. Um, dois, três e já...vida que segue!