SAIR DA ZONA DE CONFORTO? FALAR É FÁCIL...
Como uma espécie de mantra, em palestras motivacionais, nas terapias, nos conselhos de amigos e conhecidos, e até em bate-papos nas cafeterias, escutamos “Saia da sua zona de conforto!” e respondemos: “Ah, falar é fácil...”. Será? Quando tomamos nossas decisões, iniciamos preparativos para ações que podem não se concluir se forem interceptadas por um mecanismo de sobrevivência construído ao longo de nossa evolução. A zona de conforto é feita daquilo que conhecemos, do que nos faz sentir seguros no chão onde pisamos, evitando virarmos a chave para deixar entrar o medo. Mas, se o medo pode nos avisar sobre a necessidade de proteção, ele também pode se fixar, teimoso, buscando parceria na preguiça, na procrastinação e nas desculpas que a mente produz, criando uma força de resistência à mudança. Esta, em plena atividade, nos faz adiar e até cancelar planos sonhados. No entanto, como sequela, mantemos em nós a angústia da desistência, que nos mantém repetindo eternamente aquilo que não mais desejamos em nossas vidas.
E a regra do “1,2,3 e já” funciona? Será que nos ajuda a compreender a diferença entre cautela necessária e paralisia disfarçada de prudência? Integra em nossos atos a ação imediata sem pensar e sem negociar com as razões que a mente criativa usa para sabotar os planos de mudança? Dizem os sábios que é possível sentir medo e agir mesmo assim! E que a coragem, como qualquer músculo, se fortalece com o uso. E mais, dizem que três segundos é exatamente o tempo que nosso cérebro leva para ativar os mecanismos de autossabotagem, enquanto ainda estamos no território da coragem impulsiva. Depois disso, entramos no campo minado das desculpas racionais, dos fios desencapados, dos “mas e se...”, “melhor esperar um pouco...”, “não se mexe em time que está ganhando...”, "você deveria se preparar melhor primeiro...", ou "já pensou se dá errado?", e ... nossos projetos voltam para as gavetas.
Apesar de essas serem vozes protetoras em alguns momentos, não devem nos impedir de descobrir do que somos realmente capazes. A regra do "1, 2, 3 e já!" nos lembra que é com pequenos saltos que construímos a confiança para grandes transformações, e experimentamos um caminho diferente antes que o medo se instale completamente. Então? Decidiu mudar? Sorria e recite o seu mantra: 1, 2, 3... e já!
Então tá... 1, 2, 3 e já... Amei o texto.
ResponderExcluirInspirador
ResponderExcluirMaravilhosa reflexão! ❤️ Gratidão
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